Por Mageli Malheiros
Não importa o contexto histórico, geográfico, e sociocultural, a variação
linguística está presente entre os falantes com suas infinitas e novas formas
de linguagens.
Na comunicação linguística de um determinado grupo social pode se
perceber normas e costumes na língua, tais diferenças linguísticas apresenta
variação no vocabulário que difere da norma padrão ou culta da língua
portuguesa.
É importante salientar que com o tempo a variação linguística adquire novos
valores sociolinguísticos, além de caracteriza a identidade de um povo, a
linguagem presente é um forte instrumento de comunicação em que deve respeitar suas
formas de se expressar, independente de não está na norma padrão.
No livro Cabra das Rocas do autor Homero Homem é possível identificar na
linguagem do narrador a presença da variação linguística, para exemplificar
segue alguns trechos da obra:
“... Neneco escondeu-se na saia de Dona Clara, os olhos arregalaram-se;
um frêmito de bicho novo assustado varou-o de alto a baixo:
— Mãe vambora! Tou com medo...
...
— Tenha medo, não, menino...
— Mãe, vambora, que o bicho tá
olhando pra mim.
Dona Clara deu um muxoxo, rosnou qualquer coisa... sapecou-lhe um par de
cocorotes e se pôs a andar no meio da multidão” (HOMEM, 1996, p. 61).
HOMEM, Homero. Cabra das Rocas. 13. ed. São Paulo: Ática,
1996. (Série Vaga-lume)
Nenhum comentário:
Postar um comentário