terça-feira, 11 de abril de 2017

A variação linguística em constante movimento




Por Mageli Malheiros


Não importa o contexto histórico, geográfico, e sociocultural, a variação linguística está presente entre os falantes com suas infinitas e novas formas de linguagens.
Na comunicação linguística de um determinado grupo social pode se perceber normas e costumes na língua, tais diferenças linguísticas apresenta variação no vocabulário que difere da norma padrão ou culta da língua portuguesa.
É importante salientar que com o tempo a variação linguística adquire novos valores sociolinguísticos, além de caracteriza a identidade de um povo, a linguagem presente é um forte instrumento de comunicação em que deve respeitar suas formas de se expressar, independente de não está na norma padrão.
No livro Cabra das Rocas do autor Homero Homem é possível identificar na linguagem do narrador a presença da variação linguística, para exemplificar segue alguns trechos da obra:
“... Neneco escondeu-se na saia de Dona Clara, os olhos arregalaram-se; um frêmito de bicho novo assustado varou-o de alto a baixo:
Mãe vambora! Tou com medo...
...
Tenha medo, não, menino...
Mãe, vambora, que o bicho tá olhando pra mim.
Dona Clara deu um muxoxo, rosnou qualquer coisa... sapecou-lhe um par de cocorotes e se pôs a andar no meio da multidão” (HOMEM, 1996, p. 61).

HOMEM, Homero. Cabra das Rocas. 13. ed. São Paulo: Ática, 1996. (Série Vaga-lume)



* Imagem retirada do Google Imagens.



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