Era uma vez...
Os africanos que perderam o rumo da sua história, ou seja, suas verdadeiras
raízes históricas. Os negros que vieram da África foram submetidos renegarem a
sua própria cultura no Brasil.
A história dos
negros no ambiente escolar foi marcada sob a forma estereotipada, principalmente
nos livros didáticos. Autora Silva
destaca que o passado do negro esteve invisibilizado, ou seja, os valores
históricos e culturais da África ausentes nos currículos em que:
A presença do negro
nos livros, freqüentemente como escravo, sem referência ao seu passado de homem
livre antes da escravidão e às lutas de libertação que desenvolveu no período
da escravidão e desenvolve hoje por direitos de cidadania, pode ser corrigida se
o professor contar a história de Zumbi dos Palmares, dos quilombos, das
revoltas e insurreições ocorridas durante a escravidão; contar algo do que foi
a organização sócio-políticoeconômica e cultural na África pré-colonial; e
também sobre a luta das organizações negras, hoje, no Brasil e nas Américas
(2005, p. 25).
É preciso
lembrar que a implementação da Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003, altera a LDB
nos seus artigos 26 e 79 e torna obrigatório o ensino da “História e
Cultura Afro-brasileira” no ensino fundamental e médio com aproximação
da cultura dos negros nos sistemas educativos públicos e privados.
A representação
social da estética negra, especificamente a reprodução de estereótipo do cabelo
crespo estigmatizada pela sociedade modificou, pela influência de novos padrões
estéticos, práticas culturais presentes na vida da criança afrodescendente.
Estudo certo!!!!
É na primeira infância que a criança precisa entrar em contato com a literatura
infantil africana e também afro-brasileira para desconstruí os estereótipos
negativos presentes dos negros na cultura do Brasil.
No espaço
escolar que o processo de renegação da cultura negra tem um impacto maior, mas
é necessário introduzir na educação infantil a presença das narrativas
literárias dos contos africanos e afro-brasileiros que contribuem para expansão
da pluralidade cultural do leitor-criança.
Referência:
SILVA, Ana Célia. A desconstrução
da discriminação no livro didático. In: KABENGELE, Munanga (Org.). Superando o racismo na escola. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade, 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário