sábado, 22 de julho de 2017

O ensino de História e Cultura Afro-Brasileira


 Por Mageli Malheiros


Era uma vez... Os africanos que perderam o rumo da sua história, ou seja, suas verdadeiras raízes históricas. Os negros que vieram da África foram submetidos renegarem a sua própria cultura no Brasil.
A história dos negros no ambiente escolar foi marcada sob a forma estereotipada, principalmente nos livros didáticos.  Autora Silva destaca que o passado do negro esteve invisibilizado, ou seja, os valores históricos e culturais da África ausentes nos currículos em que:
A presença do negro nos livros, freqüentemente como escravo, sem referência ao seu passado de homem livre antes da escravidão e às lutas de libertação que desenvolveu no período da escravidão e desenvolve hoje por direitos de cidadania, pode ser corrigida se o professor contar a história de Zumbi dos Palmares, dos quilombos, das revoltas e insurreições ocorridas durante a escravidão; contar algo do que foi a organização sócio-políticoeconômica e cultural na África pré-colonial; e também sobre a luta das organizações negras, hoje, no Brasil e nas Américas (2005, p. 25).

É preciso lembrar que a implementação da Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003, altera a LDB nos seus artigos 26 e 79 e torna obrigatório o ensino da “História e Cultura Afro-brasileira” no ensino fundamental e médio com aproximação da cultura dos negros nos sistemas educativos públicos e privados.
A representação social da estética negra, especificamente a reprodução de estereótipo do cabelo crespo estigmatizada pela sociedade modificou, pela influência de novos padrões estéticos, práticas culturais presentes na vida da criança afrodescendente.
Estudo certo!!!! É na primeira infância que a criança precisa entrar em contato com a literatura infantil africana e também afro-brasileira para desconstruí os estereótipos negativos presentes dos negros na cultura do Brasil.
No espaço escolar que o processo de renegação da cultura negra tem um impacto maior, mas é necessário introduzir na educação infantil a presença das narrativas literárias dos contos africanos e afro-brasileiros que contribuem para expansão da pluralidade cultural do leitor-criança.

Referência:


SILVA, Ana Célia. A desconstrução da discriminação no livro didático. In: KABENGELE, Munanga (Org.). Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.




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