quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O papel do trabalho na formação humana na perspectiva do Filme “Os Croods”


                                                                                                                   Por Mageli Malheiros

        


         

            O filme “Os Croods” retrata a vida dos homens das cavernas em um período de fauna ancestral povoada de animais improváveis, como um cachorro com rabo de lagarto e até uma baleia terrestre. Há muito tempo uma família típica da pré-história constituída de seis membros como Grug o pai, Eep a filha, Ugga a mãe, Tunk o filho, Sandy a bebezinha e Vó, viviam em uma caverna, mas ao longo do dia saiam para caçar e durante a noite retornavam para sua moradia.
            A família “Os Croods” todos eram unidos, velozes na selva, principalmente na hora de caçar o alimento. O pai Grug desempenhava o papel maior, protetor perante os outros membros familiares, e sua principal regra era jamais sair da caverna durante a noite devido aos perigos do mundo.
            A caverna destruída pelas mudanças geográficas da região, e as regras que o pai Grug estabeleceu para “SOBREVIVER, transformou-se, ou seja, no filme a família utilizará de muitas estratégias, instrumentos não só para sobreviver, mas pela descoberta do viver, e contará com Guy, um jovem criativo, inventivo e inteligente. 
            E após a destruição da região habitável, e no ambiente novo, que “Os Croods” ficaram deslumbrados com a floresta e vivem novas descobertas, adocicado de muitas aventuras, emoções e sensações diferenciadas.
            Na jornada cotidiana dos primitivos Croods a descoberta do fogo criou-se novos hábitos na vida deles, como na preparação da alimentação que introduziu de certa forma o trabalho. Segundo Engels (1876, p.20), “O trabalho começa com a elaboração de instrumentos”. Na cena do filme em que Guy cria o sapatinho para Eep fica evidente a relação de trabalho (produção), pois o uso do sapato ajudou-a trilhar o caminho sem machucar os pés com espinhos.  
Na obra cinematográfica observa-se que a presença do trabalho tornou os personagens emancipatórios, principalmente na cena que Guy captura uma ave para servir de alimento. No decorrer do filme muitas invenções foram desenvolvidas, como a utilização da concha que ao assoprar alertava do perigo, uma maneira de se comunicar.
            A frase “Aquilo não era viver, era sobreviver” da personagem Eep merece destaque, pois viver é aventurar no mundo novo, conhecer coisas novas e mergulhar nos desafios. Ou seja, viver é crescer, produzir e impulsiona a humanidade na simples ação intencional.
            A animação contém várias cenas legais, como a de Guy que direciona a família apreciar as estrelas, e traz uma reflexão ao homem que pode criar coisas magníficas, mas algumas belezas naturais que nos rodeiam são impossíveis de produzi-las.

Referências:

ENGELS, F. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem. In: RICARDO, Antunes (org). A dialética do trabalho. São Paulo: Expressão Popular, 2013.

* Imagem retirada do Google Imagens.




  



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